Tecendo e costurando...
Há pelo menos 3 anos venho resgatando e costurando lembranças e aprendizados de minha infância. Sempre gostei de usar as mãos e com ela criar... Minha vó, costureira, benzedeira e bordadeira, me mostrou os primeiros pontos, as primeiras costuras e as primeiras procissões... Minha mãe, dona de casa, costureira e agora "bordadeira", me ensinou agora, mais adulta, as costuras à máquina (que antes não sabia fazer). Criar uma escuta para as descobertas do que podemos fazer com às mãos, é dar liberdade para que o misterioso e oculto posso aflorar e trazer ao mundo uma dimensão lúdica e surpreendente. Abaixo um poema daquela que mexe com linhas, tecidos e tramas: A costureira (Eucanaã Ferraz) Ela ouve o tecido, ela pousa o ouvido, ela ouve com os olhos. À fibra e ao feixe interroga sobre o que se entrelaçara, distinguindo a linha, o intervalo, o vão, o entreato, atenta para o que na fala geométrica e repetida dos fios é um outro vazio: o ...